Quando você se torna mãe, torna-se uma entidade. No sentido
de ser um porto seguro aos filhos, ter que estar preparada para todo e qualquer
problema. Mas o que me incomoda mesmo é que algumas pessoas esperam que você
nuncas mais se abale.
E eu não estou falando sobre chorar, porque, necessariamente,
a imagem da mãe está vinculada à emoção e ao choro, por consequência. Mas,
quando se é mãe, você perde o direito de perder o eixo. Perde?
Perder o eixo para mim é pirar na batatinha de vez em quando. Mudar de
ideia sem motivo aparente, derrubar uma parede para reconstruí-la de outra
forma, repensar-se, refazer-se. E eu ando querendo refazer-me. Não porque essa
"eu" está errada, e sim, porque a rotina é enfadonha.
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