Já estamos há menos
de 24h do fim de 2012 e eu resolvi escrever o meu derradeiro texto do ano.
Tudo por causa do cuscuz.
Explico: Toda festa
de fim de ano, a gente acaba procurando algo para beliscar durante a noite, já
que minha mãe prefere fazer a "ceia" no almoço do dia.
E como parte do meu
exercício diário de “não vou me fazer de vítima”, se algo me “incomoda”, quem
tem que fazer diferente, sou eu, resolvi providenciar os petiscos que eu sempre
acho que me faltam.
Da última vez que
fomos ao supermercado, me lembro de ter comprado uma lata de ervilhas. Então,
encontrei uma receita para a qual tenho todos os ingredientes em casa.
Mas a bendita lata
de ervilha desapareceu. Debaixo da escada, na casa da minha mãe, há um espaço
que deveria ser usado como dispensa. Porém, tornou-se o limbo.
“Não sei se vou
voltar a usar”; “Não tenho onde colocar”; “Brinquedos em excesso”;
absolutamente tudo acaba indo parar lá.
E hoje, divagando enquanto
minha receita não sai, fiz um paralelo entre a forma com que lidamos com esse espaço e como lidamos com algumas emoções.
Com as coisas ali ou
com as coisas que me são importantes na vida, eu tenho a mesma postura. Odeio
aquele amontoado de indefinições.
Quando me dá “a
louca” ponho tudo para fora, tento jogar o máximo de coisas fora, algumas, eu
até sei que não prestam, que eu jamais voltarei a usar mas resisto em me
desfazer.
Muitas vezes, tiro
tudo e não sei o que fazer. Resolvo uma parte e fica um montinho sem destino e
fora do “lugar”.
Acredito que sou bem
resolvida demais para ter esse tipo de espaço na minha futura casa. Veremos.
Fora que, a pessoa-independente-que-logo-mais-terá-sua-casinha precisa da mamãezinha para saber se é normal a farinha de milho ter pontinhos pretos ou se mesmo no prazo de validade, estragou. Toma essa, rs.
Sei que, graças a essa “organização”,
nada da lata de ervilhas. Pensei em fazer esse cuscuz. Vamos ver se a ervilha
aparece... ;)
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