terça-feira, 30 de abril de 2013

Vivendo e aprendendo

É por isso que eu falo demais... Conversar, trocar informações e pontos de vista sempre te  abrirá janelas mentais. 
Semana passada, eu passei 3h esperando um atendimento no setor de Urgência da Faculdade de Odontologia da USP. Como que por obra divina, me sentei ao lado de uma senhora de fala fácil e espiritualizada. Que fique bem claro: nada a ver com religião, apesar ficar bem claro suas convicções religiosas. 
Ela é uma daquelas pessoas que sabem que o centro do mundo não é o próprio umbigo e, ainda assim,  conhece o valor da existência de cada ser.
Minha amiga de infância relâmpago me falou sobre coisas que eu realmente precisava ouvir, pontos da minha vida que eu deixei de olhar já há algum tempo. Quase que uma terapia. Aquele tipo de coisa que você sabe mas só enxergava quando vem uma outra pessoa e te diz com todas as palavras (e eu tenho vários "assuntos" assim...)

Mas por que eu resolvi falar dela hoje? Porque eu estou sofrendo. A cobrança da escola do Caio está me atormentando. As aulas de reforço começaram mas elas não são mágicas.  Precisamos de algum tempo para obtermos resultados e falta  sensibilidade (e não é a primeira vez que eu observo) dos funcionários qualificados da escola.

Conversando com uma amiga no trabalho, ela me mostrou, usando as minhas próprias palavras que a cobrança é boa, sim. Eu, particularmente, sempre precisei ter horário para ir para a escola/ faculdade/ curso, provas, trabalhos, grupo de estudo (uma das minhas maiores lutas sempre foi tentar transformar o nosso grupo social na faculdade em grupo de estudo: eles mais novos já tem uma  outra dinâmica). 
Certa vez, uma professora na graduação me disse que eu "funciono melhor sobre pressão" e eu nunca mais esqueci. Eu detesto tanto ser cobrada que vou fazer qualquer coisa para que isso aconteça novamente.
A conversa com essa amiga hoje também me mostrou que as crianças hoje tem esse ritmo diferente e não tem a minha vivência, os meus parâmetros para comparação. A escola é "mais chata", "mais cansativa", "mais puxada" em relação à quê? 


O sofrimento é meu. É claro que vão ter coisas na escola que ele não vai gostar, que vai ter dias em que ele não vai querer fazer a lição, mas comigo não era assim também e eu não fiz magistério, não fui inspetora de alunos e não trabalho em uma universidade hoje?
E ainda usou um exemplo, que a gente discutia essa semana, de um professor que eu conheço que é o cara da música do Roberto Carlos mas não cobra seus orientados... 


Pesquisando o assunto, encontrei inúmeros relatos de pais alfabetizando bebês como ilustra o vídeo a seguir que encontrei no blog Estimulação infantil:


Ser mãe é isso... Não tem manual de instruções. Tudo muda o tempo todo e você tem que se adaptar. Tem razão uma colega de trabalho que me disse outro dia para procurar alguém para dar as aulas de reforço por 'n' motivos. Um deles eu acabo de identificar: cobrar "demais" do meu filho me machuca.
Vamos lá... 

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